Sempre ouvi falar do filme como se ele retratasse uma grande história de amor, com atuações impecáveis, e isso o constituísse como uma obra única. Assisti a ele há anos e, recentemente, o revi com um olhar um pouco mais maduro.
Percebi que o enredo não se trata de nenhuma história de amor grandiosa, nem de uma trama envolvente, mas que, na realidade, poderia ser visto como um filme de sessão da tarde. As atuações também não podem ser consideradas pontos altos. Dessa forma, outros elementos tornam a obra significativa, como a trilha sonora — sobretudo a música The Time of My Life, da cena final, que também vejo como o clímax do filme e o principal motivo de ele ser tão conhecido.
Além disso, considero que essa música, em conjunto com a coreografia e a cena em que Patrick Swayze levanta Jennifer Grey, foi o que realmente tornou o filme tão marcante.
O filme aborda de forma superficial algumas questões que poderiam ser mais aprofundadas, como as diferenças entre classes sociais e a gravidez indesejada. É, portanto, um filme para passar o tempo, para se distrair.
Assim como eu não havia assistido a vários filmes tidos como clássicos, acredito que outras pessoas também não tenham assistido a este. Ainda assim, acho que vale a pena ser visto de forma despretensiosa. No entanto, não o considero um clássico, mas sim um filme conhecido, que ganhou notoriedade muito mais por alguns elementos icônicos do que pela sua qualidade como obra cinematográfica.